Síndrome de Burnout afeta mais de 30 milhões de pessoas no Brasil
- Redação AN
- 4 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Vivemos em um mundo globalizado, onde as coisas acontecem muito rápido e há um alto nível de cobrança e pressão psicológica para que tudo seja ágil e eficiente. Com a pandemia do novo coronavírus, que fez com que grande parte da população mundial passasse a trabalhar em casa, de forma remota, a situação pode ficar ainda mais intensa, resultando em fatores que podem comprometer a saúde mental. Um dos males que podem surgir é a Síndrome de Burnout, que afeta 33 milhões de brasileiros, segundo a International Stress Management Association (Isma-BR) e, em 2019, foi reconhecida como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trabalhar no regime de home office pode parecer muito bom, mas o trabalho remoto está longe de ser perfeito. Tudo que envolve o funcionamento de uma casa pode afetar o processo. Contudo, as cobranças profissionais continuam as mesmas (ou maiores) e a mudança de conduta de vida e postura precisam ser reavaliadas. Por isso, desenvolver Burnout durante a quarentena pode ser mais comum do que muitos pensam.
Reconhecendo a síndrome: Caracterizado como um distúrbio de caráter depressivo, o Burnout surge acompanhado de cansaço físico e mental muito fortes, geralmente em pessoas que possuem um ritmo de trabalho muito intenso e estressante. Segundo Ana Racy, psicanalista com especialização em programação neurolinguística, o distúrbio pode causar sintomas variados. “As pessoas acometidas pelo Burnout podem ter muitas alterações físicas, como dores de cabeça, queda de cabelo, crises de choro, insônia, alterações no apetite, pressão alta, taquicardia e problemas gastrointestinais. Tudo isso pode evoluir para uma depressão e crises de ansiedade”, explica.
Contudo, o Burnout não acontece da noite para o dia; as variações aparecem aos poucos e muitas pessoas não percebem. “Tanto no ambiente profissional quanto no pessoal, há uma grande necessidade de reconhecimento e aprovação pelo trabalho feito ou pela forma de ser. Isso pode sair de uma necessidade natural para uma dependência e, quando esse reconhecimento não chega, o estresse aumenta. Uma das formas de não adoecer é reduzir essa dependência para que venha a ser apenas uma necessidade emocional a ser atendida”, orienta a especialista.

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