Carlos Dreyer
- Magaiver Dias
- 9 de mai. de 2020
- 4 min de leitura
CACHOEIRA S/A
Por Carlos Dreyer – carlosedreyer@hotmail.com
“Não é a dúvida, mas a certeza que enlouquece.”
Friedrich Nietzsche
No meio do caminho?
Quem daqui nunca ouviu que a causa do nosso sub-desenvolvimento é a BR-290 não ter passado no Castagnino? Para mim, é mais uma lenda urbana, como a que diz que o dia em que as sangas se unirem acaba o mundo – talvez aconteça antes! Além disso, o traçado executado é muito mais lógico. Os que perpetuam essa história revelam que as “forças vivas” da cidade fizeram mudar o projeto da rodovia, pois não queriam o progresso para continuar pagando baixos salários. Quanta tolice.
Para provar que estrada não gera desenvolvimento econômico costumo citar os municípios de Butiá, Minas do Leão, Pantano Grande, São Gabriel e Rosário do Sul: em todos em que a 290 passa dentro da cidade. Quem conhece sabe que não há motivos para Cachoeira do Sul invejá-los. Nenhuma grande indústria se instalou lá por isso.
Empresários buscam muitas coisas em um município, como mão de obra qualificada, matérias-primas, incentivos, energia e/ou água. Não é a distância que nos separa da 290 e da 287 a responsável pela nossa estagnação econômica. Para um caminhão faz pouca diferença rodar mais 30 quilômetros.
Vias de acesso eram muito importantes até os anos 1960, quando rios e ferrovias foram esquecidos pela União, que passou a incentivar o transporte rodoviário. Estes dois modais contribuíram muito para a pujança que o município já teve, ao lado de saudosos empreendedores.
Quando tudo isso passar, como se diz atualmente, haverá nova oportunidade para as cabeças pensantes de Cachoeira se reunirem para propor novas alternativas de desenvolvimento econômico e fortalecimento das atuais empresas instaladas, polos de saúde e de educação.
Boa sorte a todos.
Consumo no Dia das Mães
A Fecomércio-RS divulgou a Pesquisa de Dia das Mães 2020, mostrando que as decisões e condições para presentear as mães neste domingo foram afetadas pelas medidas de combate ao novo coronavírus. O levantamento identificou que 46,8% dos entrevistados que pretendem comprar presentes mudaram o local em função da pandemia: lojas de bairro e internet ganharam importância, correspondendo a 20% e 17,7% das respostas, respectivamente. As lojas dos centros foram a opção mais escolhida (32,5%), enquanto shoppings registraram 12,5% das respostas. O índice de pessoas que não sabem ou não decidiram ficou em 13,2%.
Outra questão que evidencia o impacto direto da pandemia diz respeito à renda, que afeta o gasto com os presentes. Comparando com o ano anterior, 38,9% dos entrevistados referiram pretender desembolsar valor igual e, 7,7%, mais ou muito mais que o ano passado, enquanto 53,4% das pessoas pretendem gastar menos ou muito menos. Ao falar sobre a sua renda, 60,3% dos entrevistados referiram ter alguma redução de renda em função da pandemia – para 39,2% a renda foi muito reduzida, e para 21,0% a redução foi pequena. O valor médio neste ano deve ser de R$ 135,08.
NA ÚLTIMA HORA
A pesquisa mostra que a maior parte dos entrevistados deixa para comprar os presentes mais perto da data: 78,4% dos entrevistados compram uma semana antes ou alguns dias antes. Em relação ao tipo de presente, vestuário (28,3%) e perfumes e cosméticos (18,2%) aparecem como principais, seguido por artigos de decoração (7,5%) e flores (6,2%). Existe um percentual significativo de pessoas que não sabem ou não decidiram (27,3%). O número médio de presentes deve ser de 0,85 unidade por pessoa – nessa data muitos presentes são compartilhados, o que explica a possibilidade de um número menor do que 1.
Realizada entre os dias 15 e 30 de abril por telefone, o levantamento ouviu 633 pessoas, das quais 385 (60,8%) afirmaram que comprariam presente para a data. Entre os entrevistados que disseram que não comprariam presentes, 23,8% referiram motivos relacionados ao coronavírus – 13,7% por estar economizando e 10,1% por não sair de casa; além disso, 13,3% referiram estar desempregado ou sem dinheiro.
As comemorações do Dia das Mães também serão adaptadas, com eventos ocorrendo majoritariamente em casa: 40,3% dos entrevistados vão participar ou proporcionar um evento especial para a data, que deverão acontecer em casa, conforme apontado por 97,4% dos respondentes.
RÁPIDAS S/A
- Fenarroz em outubro é para testar as certezas, as tradições e o comportamento pós-pandemia – se Deus quiser, é claro. Elogiável a decisão de reservar três dias para as indústrias de máquinas para engenhos, isso é ouvir o cliente e serve de exemplo para outros gestores.
- A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) considera que o fato de o número de pacientes recuperados pela covid-19 no Estado ser praticamente o dobro daqueles em recuperação se deve às ações preventivas e a iniciativas do governo do Estado, o que ajuda a manter em patamar baixo o número de vítimas.
- Desde meados de março, pouco mais de 30 milhões de trabalhadores entraram com pedido de seguro-desemprego nos Estados Unidos. A previsão é que esse número aumente em pelo menos 3 milhões de pessoas em dados referentes à semana passada.
- O ano não tem sido fácil para as empresas de transporte por aplicativo. Uber anunciou o corte de 3.700 postos de trabalho, ou 14% do quadro de funcionários. A empresa anunciou nesta semana que vai encerrar a operação em sete países, incluindo no Uruguai.
- Com os clientes tentando não tocar em nada, os pagamentos por aproximação aumentaram quatro vezes no Brasil em março, conforme a Exame.
- O site de compras Mercado Livre passou o Itaú em valor de mercado. As ações da B2W (empresa de comércio eletrônico criada pela fusão entre Submarino, Shoptime e Americanas.com) subiram mais de 90% desde 1º de abril e as das Lojas Americanas mais de 50%.
- É sério isso que governantes investem em rastreamento das pessoas pelo sinal do celular, usando como desculpa o vírus? É invasão de privacidade! Quando alguém vai entrar na Justiça contra isso, ou vão ficar apenas reclamando no Facebook?

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