Paulo Ribeiro
- Magaiver Dias
- 25 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Os mascarados
A cidade está tomada pelos mascarados, confesso que jamais imaginei que um dia chegaríamos e esse ponto. Eles estão nos meios de transporte, no comércio, na prestação de serviço, nas ruas e por todos os lugares. A inserção de máscaras em nosso cotidiano inicialmente foi um processo muito tímido, naquele momento se recomendava seu uso apenas para quem estivesse suspeito do contágio pelo COVID-19. O aumento no número de casos e a própria necessidade gradual de retomada das atividades justifica a presença cada vez mais comum dessas máscaras, a ponto de causar impacto os rostos sem a sua proteção nas ruas, a lógica da atenção se inverteu. Quanto tempo durará isso não sabemos ao certo, mas a vida irá voltar ao normal, talvez um pouco diferente do que antes.
A grande rede
O período de isolamento social que tem evitado o colapso do sistema de saúde e ajudado a reduzir o número de óbitos escancarou a importância de uma ferramenta que tem sido essencial para a vida humana: a internet. São vários os brasileiros que mesmo antes da pandemia já a usavam para trabalhar, esse leque de pessoas aumentou em larga escala durantes esses dias. A internet compartilhada via rede Wi-Fi se transformou em instrumento de suma importância. Muitas orientações escolares também estão sendo repassadas aos alunos via rede mundial dos computadores, lamentavelmente muitas crianças ainda não têm acesso a ela.
Hospital de campanha
Recordo das noites de festas no pavilhão da Igreja São José, eram tempos de Novenas chefiadas pelo falecido Monsenhor Orestes Trevisan, tinha de tudo, desde uma culinária variada, muitos jogos, boa conversa e uma boa trilha sonora; tudo com uma organização que era um primor. Era final dos anos oitenta, tínhamos um clima de mais harmonia, que entraria em ebulição nos anos seguintes por conta do avanço das drogas e vários outros fatores sociais. Pois aquele antigo recanto das festas de minha adolescência hoje se transformou num hospital de campanha, trata-se de uma estratégia para se precaver de uma possível superlotação do HCB por conta da pandemia. A igreja continua estendendo o braço para sua comunidade, nesse caso apoiada por diversos setores, quer seja do poder público ou mesmo da iniciativa privada. Belo gesto.

Comments