Nilton Santos
- Magaiver Dias
- 15 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
SOB A LEI DO IMPROVISO
Vivenciamos dias onde a única certeza é a incerteza quanto ao que está por vir. Ao acessar as informações que me chegam em profusão, concluo que estamos diante de uma guerra mundial contra o vírus e caminhando em direção a outra pela disputa por suprimentos indispensáveis ao enfrentamento da pandemia. Se a primeira parir a segunda, estaremos diante da tempestade perfeita em razão das terríveis consequências que advirão. Algumas delas impensáveis até que se tornem triste realidade, onde as nações que detém dinheiro e armas irão avançar sobre máscaras e respiradores, deixando os países pobres a mercê da própria falta de sorte; abrindo valas para enterrar os seus mortos. Cada um com seu discurso, os mandantes demonstram total insegurança sobre quais medidas seriam adequadas para enfrentar o inimigo que se replica em progressão quase geométrica.
O presidente, em mais um infeliz pronunciamento em cadeia nacional, repetindo sempre a mesma coisa, apenas modulando o tom, como sempre, se remendando dos atropelos cometidos na fala anterior, ontem, em mais um desastroso pronunciamento à nação angustiada, jogou a bomba nas mãos dos governadores, dizendo que as medidas restritivas são de suas exclusivas responsabilidades. Traduzindo: se você está sendo impedido de trabalhar, a culpa não é minha... Diante de mais este descalabro, como fica o seu ministro da saúde que está seguindo as recomendações da OMS indicando que o isolamento social é o único remédio amargo capaz de frear a explosão de mortes que só aumenta? Há pouco ouvi que nos Estados Unidos o Corona já ceifou quase 15 mil almas.... Em dezembro até as pedras da rua sabiam que se avizinhava uma pandemia, porém, por politicagem, não traçamos um plano capaz de preservar a economia e a vida. Agora a luta de Bolsonaro não é por você ou eu, é pela própria sobrevivência política.


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