Nilton Santos
- Magaiver Dias
- 4 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
ANO VELHO ANO NOVO
O ano está em seus estertores e começamos a fazer balanço do que realizamos ou deixamos de realizar nesses últimos 365 dias. Considerando que nosso calendário - chamado gregoriano porque promulgado em 1582 pelo Papa Gregório – é uma convenção, muito pouco tem a ver com os nossos destinos, mas mesmo assim estamos condicionados a pontuar nossa existência em períodos que em realidade possuem com ela pouca ou nenhuma relação.
Teria se a cada ciclo que se chama ano fosse uma oportunidade de zerar a pedra criando-se novas oportunidades de realização pessoal tipo nova largada. Infelizmente não é assim. Os compromissos assumidos no ano que finda se projetam no ano seguinte e assim vamos pagando os pecados e as contas do ano que finda no ano que vem e assim vai... Na destacar da última folhinha do ano somos condicionados a pensar que as chances se renovam, que o destino nos fornece nova oportunidade de refazermos as coisas; que a sorte finalmente irá sorrir para nós. A vida é fio contínuo e não está nem aí para nossas convenções e expectativas, portanto, todo o dia é dia de mudança.
Não precisamos contar os dias esperando que tudo recomece no ano que vem. Se quisermos dias melhores precisamos entender que ele começa a cada fração de tempo mensurável, portanto uma nova chance nos é dada a cada segundo, mas para isso devemos aprender com o passado. Do contrário apenas repetiremos as mesmas coisas com os mesmos resultados. Talvez seja até melhor, pois em time que está ganhando não se mexe. Aos amigos, mesmo achando uma balela essa estória de ano novo, desejo sorte no futuro, pois, segundo o gênio Nelson Rodrigues: "Com sorte você atravessa o mundo, sem sorte você não atravessa a rua".

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