Júri dos acusados do assassinato de empresário de Agudo é cancelado
- Redação AN
- 27 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

Foto: AN
O julgamento de dois dos quatro acusados do assassinato de Édier Bernardini, em setembro de 2012, durante a última terça-feira, 26, foi anulado após 12 horas de sessão. O motivo foi o abandono da solenidade por parte dos advogados de defesa dos réus Valter André Silva Santos e Rosangela Lipke. A data para nova convocação dos jurados e das partes ainda não foi definida, mas deverá ficar para 2020.
Conforme o advogado assistente de acusação, Jorge Pohlmann, a sessão do júri havia iniciado pela manhã. As testemunhas de defesa e de acusação foram ouvidas, logo após, a acusação teve duas horas para sustentar seu posicionamento, com as falas da promotoria e do advogado assistente. Depois, foi a vez de cada um dos advogados de defesa manifestar-se, por uma hora e 30 minutos cada. Neste momento, por volta das 21h, o magistrado Jonathan Cassou dos Santos concedeu 20 minutos de intervalo para que a sessão fosse retomada. Alegando estar passando mal, a ré Rosângela Lipke, acusada de ser a mandante do crime, foi para o hospital. O advogado de defesa, Jean Severo, apresentou atestado médico de que ela estaria em atendimento e abandonou a solenidade. A defesa de Valter Santos também se ausentou.
O juiz pediu um novo intervalo de 30 minutos para avaliar a situação e, ao retornar, optou pela dissolução do conselho de sentença e cancelamento da sessão do Júri. Uma nova data deve ser definida para que a solenidade seja iniciada novamente, com a manifestação das testemunhas, da acusação e da defesa. Para esta nova data, a Defensoria Pública deverá se convocada para defender os réus na ausência de seus advogados. - É revoltante para toda a comunidade de Agudo, que ainda sofre com esse crime, mas sobretudo para a família de Édier Bernardini. É um dia que não chega ao fim, um constante relembrar a morte dessa pessoa tão querida para a comunidade. Lamentável que essas 12 horas extremamente desgastantes durante o dia de ontem não tenham valido de nada, pois tudo começará do zero na próxima data - afirma o advogado assistente de acusação, Jorge Pohlmann.
Julgamento já havia sido adiado por ausência de ré e advogado
O júri cancelado na noite de ontem já havia sido adiado. No último dia 22 de outubro, Rosangela Lipke, e seu advogado Jean Severo, não compareceram à sessão do júri. Apesar da presença do outro réu, Valter André Silva Santos, acompanhado de seu advogado, o magistrado Jonathan Cassou dos Santos decidiu adiar o julgamento. Na ocasião, o advogado assistente da acusação, Jorge Pohlmann, havia sustentado oralmente que a ré deveria ter seu pedido de prisão preventiva decretada pois não cumpriu a obrigação de comparecer aos atos do processo, determinada quando da sua soltura. O Ministério Público também deu parecer favorável e o pedido foi encaminhado ao magistrado.
Porém, o juiz expediu decisão indeferindo o pedido de prisão preventiva e confirmando a realização do júri no dia 26 de novembro. Nessa data, também foi determinada a participação da Defensoria Pública para defender Rosangela Lipke, caso seu advogado não esteja presente. Porém, na noite de terça-feira, não havia nenhum defensor público de plantão para dar prosseguimento ao ato.
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