Matheus Calderaro
- Magaiver Dias
- 26 de out. de 2019
- 1 min de leitura
Segue a greve
Completou um mês a duração da greve dos servidores da justiça estadual. O andamento dos processos já está bastante prejudicado, causando uma certa impaciência por parte dos advogados e seus clientes, que anseiam pelo final das demandas. No entanto, tendo em vista que os servidores correm o risco de, além de não conseguirem a reposição das perdas salarias, perder alguns direitos já alcançados, penso que não há, infelizmente, outra saída senão manterem a paralisação.
Enquanto isso, como reflexo da greve, a sociedade sofre, pois nós advogados ficamos de mãos amarradas ao não conseguirmos suprir a necessidade dos nossos clientes, fazendo com que seus processos andem. Levantar valores depositados em contas judiciais, sejam do cliente ou nossos honorários ficou impossível, uma vez que os servidores que não aderiram ao movimento não estão expedindo alvarás, documento que transfere o dinheiro para nossas contas ou do cliente. A explicação é de que estão dando andamento somente às medidas urgentes. Em tempos de crise, receber valores que por direito é nosso, no meu ponto de vista, é urgente. E faz 30 dias que não se expede um alvará.
Reafirmo que considero o movimento muito justo e acho realmente que eles merecem o atendimento às reivindicações, mas infelizmente todo esse tempo de parada já está extrapolando os limites, pois a população precisa do judiciário ativo. Já é a greve mais longa da história do judiciário gaúcho, e isso não é bom para ninguém.

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