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Cachoeira escolheu Letícia

  • Redação AN
  • 19 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

Constrangimento talvez seja a melhor palavra para definir o que ocorreu em um concurso feminino de beleza na noite do último dia 12/10, em Cachoeira do Sul. O Broto Cachoeira, concurso tradicional promovido na cidade, elege uma corte de cinco meninas para representar o município, todas agraciadas com faixas. Pela primeira vez uma menina portadora de síndrome de down concorreu ao título, fato que teve repercussão estadual com a reportagem da RBS TV contando a história de superação de Letícia da Costa Moraes, de 15 anos.

No entanto, o reconhecimento insatisfatório e duvidoso que teve por parte dos jurados e da organização do evento, que ao invés de promover a inclusão, acabou de certa forma, promovendo a exclusão com uma lamentável atitude. A jovem Letícia foi vítima de exclusão por parte dos jurados e organizadores, mesmo que indiretamente. Todavia, a população cachoeirense parece que já havia feito a sua escolha, tanto que posteriormente o assunto foi muito comentado nas redes sociais, gerando o alvoroço dos conterrâneos que queriam ver a jovem representando a cidade. Isso porque o envolvimento da população foi mais forte nesta edição com a participação de Letícia, que engajou e movimentou a cidade criando uma grande torcida.

Por decisão técnica e da coordenação, a jovem recebeu apenas uma premiação de destaque, uma coroa que foi criada de última hora, para que assim fizesse parte da corte. No entanto, os pais da jovem, Selmo e Beatriz Moraes sentiram-se ofendidos com a atitude e solicitaram que a menina não fizesse parte da corte com o título de “consolo”. “O título foi uma forma de exclusão, uma vez que teria sido criado especialmente para ela em razão dela ser down, pois concorreu de igual para igual com as outras”. Letícia foi coroada e homenageada pelos jurados com o título inédito “Broto Destaque”. A população, por outro lado, manifestou todo o seu afeto à jovem e criticou o ocorrido, gerando uma grande negatividade para a credibilidade do evento. Com a ajuda da população, a menina foi a que mais arrecadou, somando mais de 10 mil moedas, 303 quilos tampas de plástico, mais de 97 kg de lacres de alumínios, que eram tarefas sociais do concurso.

Por outro lado, a mãe Beatriz se diz muito feliz, pois a menina foi eleita pelo povo e já é vitoriosa. “Nosso problema é não ter a faixa e não ter concorrido em uma categoria especial. Ela concorreu de igual pra igual, e preparamos ela para perder, pois achávamos que isso poderia ocorrer. Quando eles anunciaram o nome dela, imaginamos que teria conquistado a faixa de ternura, o que seria a melhor coisa do mundo. Agora, uma sexta colocação e sem faixa, foi humilhante”, ressalta.

Justificativa

A explicação da organização é de que como a decisão teria ocorrido na véspera do concurso, a faixa da menina não havia ficado pronta a tempo de ser entregue junto com as demais meninas da corte, tendo de ser simbolizada de última hora com uma coroa. A organização enfatizou que a faixa havia sido encomendada e estaria prevista para ficar pronta ainda nesta semana. No entanto, Beatriz revela que se nega receber alguém da organização para a entrega da faixa e inclusive, fez um ofício solicitando que a organização não publique mais fotos ou cite o nome da filha em nenhuma de suas reportagens a partir de agora.

Foto: Marina Bitencourt

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