Paulo Ribeiro

A Notícia, três anos

Um aplicativo das redes sociais me fez recordar que há três anos atrás circulava a primeira edição impressa do Jornal A Notícia. Diário no formato digital, o jornal agora vem com duas edições impressas, a dos finais de semana e essa que você tem em mãos. Trata-se de uma conquista importante para a cidade, um motivo de aplausos para quem verdadeiramente defende a pluralidade de pensamento. Em tempos de presença constante da internet na vida das pessoas, toda tentativa de calar a voz alheia será um tiro dado no próprio pé.

Profissionais do lixo

Semana passada um comerciante da zona norte da cidade disse-me ter notícias de quatro demissões na empresa responsável pela coleta do lixo, como boa parte dos bairros mais nobres da cidade está com contêineres, naturalmente o número de operários de coleta manual tende a diminuir. São vários os mecanismos modernos que ao longo da história vão diminuindo postos de trabalho para o ser humano, otimização que visa a economia. Penso que nem sempre isso vale a pena, para cada situação distinta temos as duas faces da moeda a considerar.

Esquerda e direita

Impressionante como as pessoas ficaram divididas após as últimas eleições gerais, a ruptura política entre esquerda e direita se intensificou de tal forma que chegou até às relações pessoais. Aqui na nossa aldeia, por exemplo, conheço várias pessoas que cortaram amizades e chegam a atravessar a rua para não ter de cruzar com seu desafeto político. Se dizem amantes da democracia, mas não aceitam o contraditório.

Acessibilidade

Há uma cidade invisível aos olhos de vários cidadãos cachoeirenses, ela é formada por uma legião de pessoas que possuem dificuldades de locomoção, dentre elas inclusive cadeirantes. São muitos os passeios públicos pelos quais é impossível cruzar com uma cadeira de rodas, por exemplo. É muito fácil ignorar um problema quando não sentimos ele na própria pele. Quantos são os prédios públicos da cidade sem rampas de acesso a cadeirantes? Se cada um de nós permanecesse numa cadeira de rodas pelo menos um dia na vida certamente nossa consciência seria bem melhor.