Paulo Ribeiro
- Magaiver Dias
- 5 de out. de 2019
- 1 min de leitura
A velha política
As imagens daquele vereador de Porto Alegre sendo preso por corrupção representam um alento em nome da Justiça, mas ao mesmo tempo jogam luzes na escuridão do desalento, infelizmente alguns capítulos tristes de nossa política nacional se prolongam numa história sem fim. Basta ligar a televisão para nos depararmos todos os dias com notícias de afastamento de prefeitos, denúncia de uso indevido do dinheiro público, farra de diárias, etc e tal.
Mas não existe nada de novo na política que não esteja presente no povo que ela representa. É uma desgraça, mas muitas pessoas ao se aventurar no meio político o fazem primeiramente pensando em si próprias, além de beneficiar ao serem eleitas aquelas às quais por fatores diversos estão alinhadas.
Às vésperas de qualquer pleito eleitoral que visa promover a substituição dos agentes políticos é perfeitamente justificável a tensão não somente daqueles que dependem da renda do cargo, mas também do amplo leque formado por bajuladores que são capazes de trair a voz da própria consciência em troca sistemática de punhados de moedas.
Mas em relação aos casos de corrupção paira no ar uma dúvida: os índices teriam caído com o advento da Lei da Ficha Limpa? Desconfio que não. A verdadeira mudança na política emana do próprio povo, é inútil querer encurtar esse caminho. O interesse coletivo deve sempre estar na dianteira de qualquer gestão pública, relegando a segundo plano os clamores de quem usa de subterfúgios falaciosos em defesa do próprio quintal, nem que para isso tenha que manobrar a opinião alheia. Enfim, temos a chance de romper os velhos paradigmas a cada pleito eleitoral.

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