Paulo Ribeiro

Em tempo real

Dez redes de wi-fi, no momento em que escrevo esse texto faço um teste de alcance da internet da vizinhança, ela cada vez mais está presente nos lares brasileiros. Aqui em casa trocamos de operadora cerca de dois anos atrás, aumentando a quantidade de megabits de forma a atender nossas exigências. Obviamente, a rede mundial dos computadores tem seus exageros, ela por vezes é um espelho que reflete todo o nosso ódio quando precisamos discutir temas como política, futebol e religião. Mas a realidade é que tem aumentado o número de brasileiros conectados à internet, existem estudos que comprovam isso.

Hoje, minha principal ferramenta de comunicação é a internet, embora de vez em quando sente no sofá para ler alguns jornais impressos, como o A Notícia, Zero Hora, Diário Gaúcho, Jornal do Povo, etc e tal; isso quase sempre aos finais de semana.

Além da economia por uma série de fatores que poderemos discutir em outra oportunidade, em relação ao formato tradicional de jornalismo a internet tem a seu favor a capacidade da primazia da informação instantânea. Me recordo de estar num laboratório de informática da universidade no ano de dois mil e sete, numa aula de estudos em patologia humana, de repente meu Messenger soou, era um colega me informando desde Novo Hamburgo sobre a morte repentina via infarto agudo miocárdio de uma pessoa conhecida na cidade no HCB. Dezenas de quilômetros longe da cidade ficou sabendo da informação antes de mim, naquele mesmo instante comecei a refletir sobre isso.

Enfim, a internet continua ampliando seu alcance em sua diversidade de plataformas informativas, que está abrigando jornais, TVs, rádios e outros tipos de mídia com uma grande vertente de interação humana em tempo real. Esse caminho sem volta tem incomodado várias pessoas, as razões para isso são óbvias.