Hilton De Franceschi
- Magaiver Dias
- 14 de set. de 2019
- 2 min de leitura
PRECONCEITO OU CONCEITO
Na mais tradicional e glamorosa feira do livro do país, a Bienal no Rio de Janeiro, seus organizadores e escritores experimentaram emoções diferentes em sua última edição. O prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella, que é pastor evangélico, decidiu em nome da família, da moral e dos bons costumes, proibir a venda do livro, destinado às crianças, com conteúdo LGBT. Se a ordem do prefeito em confiscar a obra em um primeiro momento chocou os realizadores do evento, por outro lado viram, como um efeito elástico, esgotar em menos de uma hora, todos os exemplares do fruto proibido. A investida do prefeito foi vista por especialistas como censura intolerância e cerceamento a liberdade de expressão intelectual e artística. Mas o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella é mesmo um preconceituoso social, ou o que lhe move são seus conceitos religiosos?
O PECADO DO SEXO
Vivemos em um país laico com predominância católica, onde e cada vez mais outras crenças ganham adeptos. Cada uma dessas religiões possui seus dogmas, suas crenças e todas elas precisam igualmente ser respeitadas. Portanto é razoável e justo diferenciarmos o que é conceito religioso e o que é preconceito social. Para a igreja católica, por exemplo, existe o pecado do sexo. Uma relação carnal só é permitida entre o marido e sua esposa e o prazer não deve ser a motivação, mas tão somente a procriação. Portanto, falar de uma relação entre pessoas do mesmo sexo onde por óbvio os parceiros não podem reproduzir é compreensível para todos esses pobres mortais, escolhidos por Deus, vivendo hoje entre nós com a difícil missão de manter esta, ¨milenar verdade¨ que estejam todos muito contrariados.
A CASA CAIU
Há muito tempo e agora na condição de presidente do COMTRAN, venho pedindo, sem sucesso, para que a prefeitura invista na construção de rotatórias em substituição aos semáforos, a exemplo do mundo mais desenvolvido. Ainda que eu seja um defensor e um entusiasta das rotatórias, confesso que estou surpreso com a disposição e agilidade do prefeito que não hesitou no gasto com a indenização da velha casa que já caiu. O convencimento da autoridade municipal em fazer uma rotatória justamente naquele local está supostamente em um projeto que a universidade nega ser técnico-cientifico, mas apenas acadêmico. Discordo dos meios, mas aposto na eficácia da obra.

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