Paulo Ribeiro

346 a menos

Consta no relatório anual sobre projeção populacional divulgado pelo IBGE durante a semana: entre julho do ano passado e do corrente ano perdemos cerca de trezentos e quarenta e seis habitantes. Qual de vocês, leitores, não conhece alguém que resolveu ir embora da cidade por conta da longa espera em conseguir colocação no mercado de trabalho? A atração de novas indústrias para a cidade é o remédio que futuramente conterá essa sangria, as pessoas não saem simplesmente porque querem, é preciso seguir adiante olhando para o horizonte na luta pela sobrevivência.

Canto homofóbico

A cantoria homofóbica ecoou mais uma vez dentro de um estádio de futebol, foi no jogo Vasco e São Paulo. Incrível saber que apesar dos sucessivos debates acerca da criminalização desses insultos ainda se continua a praticar o canto da discórdia, que cada vez mais estimula a ruptura social em grupos, cada um na sua trincheira. A realidade sexual de cada um é restrita a quatro paredes, o mínimo de bom senso convém para não maximizar a intimidade de cada um.

Com licença, por favor

A mobilidade urbana é reflexo cultural do povo, isso é inegável. Da mesma forma que em alguns pontos as pessoas colocam entulhos nas calçadas e a bloqueiam por completo, quando não são os carros estacionados de forma incorreta há grupos de pessoas que simplesmente se reúne em meio ao passeio público para conversar, muitas vezes ignorando quem está em movimento, que por sua vez precisa fazer o desvio pela rua. Eu mesmo por diversas vezes já me submeti a esse tipo de manobra, cruzo e fico olhando para as pessoas. Pior foi certa vez quando ao caminhar pela Rua David Barcelos me deparei com um churrasco regado à cerveja em pleno passeio público, havia inclusive música. Como podemos exigir as mudanças profundas que melhorarão nossas vidas se não damos os exemplos mais singelos em nosso cotidiano urbano? Fica a reflexão, seja você a melhora que deseja.