Matheus Calderaro
- Magaiver Dias
- 31 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Olha o golpe, parte 2
Continuo a alertar servidores públicos, aposentados e pensionistas, quanto ao perigo do oferecimento de crédito fácil por telefone. Para tanto, vou contar um fato verídico que aconteceu com uma cliente minha, servidora pública estadual. Há mais ou menos um mês, esta cliente me informou que estava recebendo ligações de uma financeira, informando a ela sobre a disponibilidade de um crédito de pouco mais de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), sendo que bastava sua autorização, que em 48 horas o dinheiro estaria na conta, sem sequer precisar assinar qualquer documento. Acontece que ela não quis fazer este empréstimo, e em todas as vezes que recebeu a proposta recusou o crédito ofertado, e tampouco assinou qualquer documento.
Para a minha surpresa, nesta semana ela esteve aqui no escritório com o seu último contracheque em mãos, onde consta o desconto consignado do valor de uma parcela de R$ 293,00 (duzentos e noventa e três reais), que atingirão um total de 60 parcelas e o valor de R$ 17.580,00 (dezessete mil, quinhentos e oitenta reais), relativos ao empréstimo que ela disse que NÃO QUERIA. O valor descontado foi destinado para quem? Para a financeira que ofereceu o empréstimo.
Se ela tivesse requerido o empréstimo, o valor a ser pago teria que ser de mais ou menos R$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais), em 60 parcelas de aproximadamente R$ 109,00 (cento e nove reais). É que foi utilizada uma taxa de juros de 7,21% ao mês, quando deveria ser usada uma com percentual abaixo de 2%.
E o pior de tudo é que, além de pagar pelo que não pediu, ela NEM RECEBEU OS R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Isso mesmo: ela está pagando por um empréstimo que, além não ter solicitado, NÃO RECEBEU. Por isso meu alerta: muita atenção ao crédito fácil.
Um ótimo final de semana a todos.

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