Nilton Santos
- Magaiver Dias
- 16 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
É PROBIDO PROIBIR
Nesta quinta-feira foi publicado o Decreto presidencial proibindo o uso de radares móveis nas rodovias federais, cumprindo-se a promessa feita por Bolsonaro no ato de inauguração de obras de duplicação da BR-116, segunda-feira, em Pelotas. Sob a justificativa de que eles estavam sendo usados como caça-níqueis, daqui por diante, com o uso de radares móveis, é proibido proibir o excesso de velocidade nas federais. Agora só contaremos com os radares fixos para coibir o excesso de velocidade nas "Brs". Toda nova cultura, principalmente aquelas que impõe à sociedade um padrão de conduta, demanda muito tempo, às vezes sucessivas gerações para ser assimiladas, tornar-se um comportamento comum, uma regra cumprida no piloto automático da nossa psique.
Justamente no momento em que, à duras penas e incontáveis velórios, estávamos finalmente adquirindo a consciência de que respeitar os limites de velocidade, conduta indispensável para preservar a vida, vem o Jair com sua Bic, em estado puro, mandando às favas todos os estudiosos e estatísticas, e acaba com os radares móveis. Nessa penada infeliz ,nosso presidente interrompeu, acabou com a evolução do processo para tornarmos nosso trânsito mais seguro, humanizado e menos assassino. De agora em diante, em nossas precaríssimas estradas federais, se restabelece o vale tudo, o proibido proibir o excesso de velocidade. Bolsonaro até pode ter agradado seu eleitorado com seu absurdo decreto, mas certamente não mais do que os fabricantes de caixões e donos de funerárias.

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