Nilton Santos
- Magaiver Dias
- 3 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
CRITICAR É PRECISO Desde a posse, Jair Bolsonaro vem dando declarações polêmicas sobre tudo e todos, criando acirradas discussões entre quem pensa que ele é mito e os que acham que seu cérebro ainda não saiu do plástico bolha. Não sei se é apenas uma observação minha, mas tenho a sensação de que faz isso de caso pensado, mirando as eleições de 2022, já que não faz segredo de sua intenção de se reeleger.
Nessa linha, sabendo que o que o levou ao Planalto foi justamente a divisão de pensamento entre conservadores e liberais, procura a cada movimento se firmar na condição de liderança do eleitor que o acha um mito, mesmo tendo enorme dificuldade em explicar quais realizações pretéritas ou atuais que lhe fazem merecer destaque de tamanha envergadura. Para seus seguidores, Bolsonaro é como teflon, nada de negativo nele pega. Não pega sua inexplicável relação com o Queiroz e seu sumiço; a nomeação do filho para a nossa mais importante embaixada, mesmo que, além se ser filho do presidente e ter fritado hambúrguer nos EUA, não apresente nenhuma outra qualificação para tamanha responsabilidade; a falta de rumo da economia, ideias, ...Para essa plateia, que acha que honestidades e patriotismo é exclusividade sua e quem critica o presidente é petista, comunista, não patriota..., tudo vai às mil maravilhas sob o comando do capitão.
Tudo vale, até mesmo abrir mão do pensamento crítico para livrar o país dos “comedores de criancinhas”. Deliram imaginando que irão instituir o pensamento único, como se isso fosse possível. Confesso que estou preocupado com os rumos traçados pelo atual governo, porque até agora não vejo um sentido que não seja o de acirrar discussões sem nenhuma utilidade, quando deveríamos estar atrás de ideias para um futuro melhor, mas para isso precisávamos de um líder que governasse como tal, mas daí é exigir demais do "mito”.

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