Matheus Calderaro
- Magaiver Dias
- 3 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
Armadilha
Como eu havia falado na coluna da semana passada, continuarei usando meu espaço para alertar os leitores sobre problemas em determinados assuntos em que eu veja relevância, e relacionados à minha área de atuação profissional. Hoje aproveitarei para informar aos servidores públicos municipais, estaduais e federais, e também aos pensionistas do IPERGS e do INSS, sobre os perigos do empréstimo pessoal consignado. Já é de conhecimento geral, que para essas pessoas é bastante fácil fazer um empréstimo consignado com desconto em folha de pagamento.
No entanto, todo o cuidado é pouco ao fazer empréstimo com as financeiras, pois a rápida liberação de dinheiro direto na conta, pode resultar numa dívida impagável.
É que a taxa de juros para um contrato de empréstimo consignado para servidores públicos e pensionistas, obrigatoriamente deve ser a mais baixa dentre as modalidades de empréstimo, tendo em vista que, pelo fato de o desconto do valor da parcela ser feito diretamente na folha de pagamento, a financeira tem toda a segurança quanto ao ressarcimento, não correndo riscos de inadimplência. Apesar isso, não é o que ocorre, pois atualmente a taxa média estabelecida pelo Banco Central é de pouco mais de 20% ao ano, mas há financeiras cujos empréstimos têm taxas de até 120% anuais.
Felizmente o Poder Judiciário do RS vem decidindo que, constatada abusividade no empréstimo, a redução do valor das parcelas, e consequentemente da dívida, é possível. Contratos já quitados também podem ser revisados, oportunidade em que o consumidor possivelmente receberá o reembolso dos valores pagos a mais, corrigidos e atualizados.
Um ótimo final de semana à todos.

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