Paulo Ribeiro
- Magaiver Dias
- 13 de jul. de 2019
- 1 min de leitura
Pedras nas mãos
Gosto da internet, quem me conhece sabe que sou presença constante nas redes sociais. Minha interação nessa ferramenta de comunicação se dá principalmente através do Facebook, há nove anos estou cadastrado nesse site. Às vezes me surpreendo com o ódio destilado em alta dosagem por parte de algumas pessoas que se julgam as únicas donas da razão; é como se os outros não prestassem.
Agora o terrorismo é tanto que estamos a comemorar a morte de pessoas honestas unicamente pelo fato de pensarem diferente de nós. Durante a semana li diversos comentários eufóricos pela morte de um jornalista e um dos fundadores do PT.
No fim das contas, dar voz a um número maior de pessoas é um milagre da comunicação, se formos analisar pela perspectiva de uns trinta anos atrás. Mas essa aglomeração de diferentes pessoas conectadas num caldeirão fervente tem seus dissabores bem frequentes, as pessoas não estão conseguindo se tolerar.
Me recordo dos tempos de minha infância, quando havia atrito eram as brigas que resolviam, mas no final tudo se resolvia, ninguém desejava o mal uns dos outros. Mas eram outros períodos, as coisas mudaram. A lógica atual sempre que a discórdia se manifestar de forma mais intensa é trazer sangue nos olhos e pedras nas mãos.
Então, em resumo estamos num patamar de discussão onde eu sou a favor da democracia desde que você pense da mesma forma que eu. Bradar aos quatro ventos de dedo em riste ser favorável à democracia e festejar o calar definitivo de vozes é no mínimo uma hipocrisia de dar pena. Somos diferentes, por isso discordamos.

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