Cleber Lima
- Cleber Lima
- 24 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
De Academus à Universidade Moderna
O termo academia é derivado do nome de um famoso herói ateniense - Academus, o qual era amigo de Platão, que escreveu a República, obra que nos apresenta o personagem Sócrates, o qual provocava a divergência de opinião em alguns aspectos, mas mantinha o princípio de debate e embate do conhecimento, para que este se multiplicasse e conduzisse a desacomodação do indivíduo.
A forma como Sócrates conduzia suas provocações acabou revelando que, a sapiência ateniense, tão venerada por seus cidadãos, era sustentada em uma prepotência e supervalorização que não condizia com o Saber. A famosa busca por aquele que o superaria, fez com que Sócrates expusesse a fragilidade sapiencial de muitos. O resultado foi sua condenação a morte através da ingestão de cicuta, um tipo de veneno.
Consequentemente, seus seguidores também ficaram visados e passaram e ser observados. Assim, o que antes era feito a plenos pulmões em praça pública, agora necessitava de um espaço mais restrito, porém, aberto a recepção daqueles que assim desejassem expor seu pensamento. Eis o momento em que Academus, no jardim que lhe pertencia e que servia de local para veneração das musas, acolhe estes pensadores, conduzidos pelo pensamento de Platão – surge o que conhecemos como Academia. Neste espaço os jovens aprendiam sobre Filosofia, Matemática e Ginástica.
Com a ascensão da Idade Média, o saber científico passou a ser limitado. Apenas um grupo - uma comunidade - de indivíduos passou a ter acesso às ciências naturais, exatas e humanas, originando um novo termo para designação deste espaço do Pensar. Nasce a Universidade, sendo que a mais antiga que conhecemos é a Universidade de Bolonha, na Itália.
Nestes locais, sacerdotes, reis, rainhas, príncipes e princesas eram educados, sempre tomando o cuidado de não ferir as crenças religiosas vigentes, o que por muitos anos limitou o avanço do pensamento ocidental. Um exemplo para ficar claro o que digo, é a proibição de autópsias ou cirurgias no corpo humano, por receio de que com a fissura aberta, a alma poderia escapar pela abertura.
Foi com a propagação de um Estado laico que o acesso ao saber superior se democratizou. Por conseguinte, o foco das Universidades assumiu uma visão Iluminista, emolduradas com nuances Renascentistas. A necessidade de promover a melhoria de vida fez destes “núcleos da Razão”, alicerces de mudanças sociais em todo local onde elas estiverem inseridas.
Nesta esta ótica, a instalação de Universidades em Cachoeira do Sul, descortina um novo Futuro, com novas oportunidades, com novos caminhos e novos rostos. Preservá-las é garantir também o Presente e Futuro em uníssono!
Portanto, reflitamos que importância possuem estas instituições e lutemos para protegê-las! Se realmente queremos mudanças!
Um feliz e abençoado final de semana!

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