Paulo Ribeiro
- Paulo Ribeiro
- 17 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Educação, a base
Durante a semana uma amiga me enviou algumas fotos da Praça Honorato de Souza Santos, elas não evidenciam apenas a falta de um cuidado mais frequente por parte da Prefeitura, como jogam luzes em outra penumbra que nos perturba por décadas a fio: a falta de cidadania. Tem copos plásticos no chão, garrafinhas de água mineral em cima dos bancos, fezes nos cantos escuros à noite, resquícios de drogas e tudo mais.
A falta de estrutura de determinados cidadãos também é a falta de esperança, numa ciranda eterna onde uns vêm limpando e logo atrás outros sujam, como sempre fizeram. A propósito de nossos problemas de convivência social, semana passada cruzei pela Avenida Brasil e fiquei olhando para um cidadão numa parada de ônibus, ele estava sentado no encosto do banco e com os pés infestado de bactérias no assento, um gesto bem recorrente de falta de educação, as pessoas não mudam.
Aparentemente, podem ser temas simples, que não merecem o alarde necessário para entrar na pauta de discussões. Mas se engana quem pensa dessa forma, estamos falando do básico, o alicerce que pode dar sustentação para as mudanças mais profundas. É irônico, por exemplo, um cidadão reclamar do mau cheiro no banheiro público e colocar seus pés imundos em cima do banco da praça.
Para conhecer a dimensão da cultura de um povo basta ver a forma como ele se comporta no cotidiano, seu trânsito, a maneira como lida com as coisas ao seu redor, etc e tal. Não pensem que a dificuldade pela qual passamos atualmente é obra do acaso, infelizmente somos nós que fizemos por onde merecer por conta de um egoísmo contumaz cujos respingos atingem a coletividade.

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