Injúria racial: Grêmio analisa imagens para tentar identificar responsável

O Grêmio pediu as imagens das câmeras de segurança da Arena para tentar identificar a torcedora que teria cometido um ato de injúria racial contra o atacante Yony González, do Fluminense. Em um vídeo publicado pelo clube carioca é possível ouvir que a palavra “macaco” foi dita por alguém de voz de tom feminino na torcida do Grêmio no momento em que o colombiano comemorava o gol que garantiu a vitória de 5 a 4 dos cariocas no último domingo pelo Brasileirão. Não houve menção ao caso na súmula da partida.

Na noite dessa segunda-feira, o lateral do Fluminense Igor Julião publicou um texto chamando atenção para o caso. Logo depois, o clube carioca e o Grêmio se manifestaram em notas sobre o assunto.

Em conversa com o Correio do Povo, o diretor jurídico gremista Nestor Hein ressaltou que partiu da direção do Tricolor a medida de buscar as imagens para tentar identificar quem cometeu a injúria. “Não recebemos nenhuma notificação, na verdade o jogador que foi vítima não se manifestou sobre o caso, mas partiu do Grêmio porque somos um clube contra o racismo. Temos esse dever”, ressaltou Hein.

Não há um prazo para que a identificação seja feita, mas Nestor Hein garantiu que isso será possível graças a um trabalho de leitura labial com as imagens dos torcedores que estavam naquele local. O diretor jurídico afirmou que, caso seja sócia, a torcedora deverá sofrer um processo de expulsão do quatro social do clube.

Mesmo Yony González ou o Fluminense não prestem queixa sobre o ocorrido, existe a possibilidade de um procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) oferecer denúncia contra o Grêmio pelo caso. Em 2014, o Tricolor foi excluído da Copa do Brasil por injúrias cometidas por alguns torcedores contra o goleiro Aranha, do Santos.

Fonte: Correio do Povo

Foto: Lucas Merçon / Fluminense