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Paulo Ribeiro

  • Paulo Ribeiro
  • 3 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Os muros da escola

A formação básica que antecedeu meu ingresso no ensino superior foi na Escola Vital Brasil, cerca de quatrocentos metros de distância de minha casa, na zona norte da cidade. Até hoje quando cruzo em frente da escola de minha infância e adolescência me recordo do pequeno muro que existia na extensão frontal ao seu prédio, devia ter um metro de altura. Naquela época, quando a bola caía do lado de fora da escola durante nossas "peladas" no pátio bastava pular o muro com cuidado, em seguida voltávamos da mesma forma, com um breve impulso nas pernas e um encaixe com as mãos na parte superior da parede divisória entre escola e calçada.

Pois tudo que é bom dura pouco, diz uma sentença popular. O aumento da insegurança fez com que não apenas a minha escola, como de resto todas as outras aumentassem os tais muros, era preciso proteger a comunidade escolar da violência externa. A velha liga de outrora entre a sociedade e escolas nunca mais foi a mesma. Me recordo de um tempo onde até eventos sociais como boates se realizavam aos finais de semana nestas escolas, eram reuniões dançantes abertas à comunidade visando angariar recursos para as próprias instituições.

Nesse meio tempo, o projeto "Escola Aberta" foi uma tentativa de reaproximação entre escola e comunidade, com eventos esportivos aos finais de semana. Nesses eventos, várias vezes as pessoas quebravam vidros dessas instituições, bem como promoviam outros tipos de avarias.

Hoje, sempre que olho para escolas com altos muros e às vezes até cerca elétrica fico a pensar no quanto é difícil o período no qual vivemos, não existe a mínima referência e respeito às instituições que nos formam no básico para a vida, com os pilares necessários para alçar voos mais altos. Fico triste, pois sou do tempo em que, por exemplo, as igrejas eram imunes à ira da barbárie. A São José, hoje ladeada por uma sofisticada estrutura metálica com grades superiores a dois metros de altura tinha passagem livre, vinte quatro horas por dia.

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