Hilton de Franceschi
- Hilton De Franceschi
- 12 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
O poder do presidente
Jair Bolsonaro, um militar de patente alta, acostumado a mandar em seus subalternos, assim como respeitar os superiores hierárquicos, parece atrapalhado com as novas regras impostas pela democracia. Com esse modelo mental militarizado, o capitão cercou-se de seus pares de farda para, sem armas, enfrentar inimigos, muitos deles camuflados de verde e amarelo, outros entrincheirados em partidos políticos, na tentativa de aprovar as reformas, que todos entendem como necessárias e urgentes. A primeira dificuldade dos militares é ter que lutar em um ambiente sem disciplina e pouco confiável, porque ainda não entenderam que os poderes e a autoridade do presidente, na democracia, não são absolutos.
Inocente edital
Não bastasse toda a trapalhada, cometida recentemente pela Prefeitura, no projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores, na tentativa de implantar o estacionamento rotativo, agora um “inocente edital” é apontado pelo ministério público como possível direcionamento do resultado da licitação para a contratação de uma empresa jornalística visando à veiculação de publicidade institucionais do município, a uma determinada empresa da cidade. Repetida incompetência como essa que chamou a atenção do poder judiciário, até quando vai ficar impune?
Cem dias, sem novidades
Com alguns projetos em andamento, como a reforma da previdência, o projeto anticrime, bem como a reforma tributária, mas principalmente com a demonstração clara de que vai buscar parcerias comerciais com países economicamente mais estáveis, o presidente Bolsonaro sinaliza para um futuro mais promissor. No entanto, Eduardo Leite, nesses primeiros cem dias, continua sem novidades. Por ser um jovem, eleito por um público pouco ideológico, havia uma expectativa do rompimento com a velha turma do passado, mas o que estamos assistindo é os mesmos, nas mesmas cadeiras, acovardados, olhando para um vácuo que marcou a trajetória dos governos passados.
Pesquisa é coisa séria
Com tantas notícias de pesquisas de opinião pública manipuladas, que buscam defender interesses escusos, pesquisas eleitorais fraudulentas que visam beneficiar determinados candidatos, ou de prejudicar outros, como ocorreram nas últimas eleições em Cachoeira, com condenação confirmada pela justiça eleitoral, é preciso ficar atento a essas informações, em especial sabendo de onde vem. Pesquisa é coisa séria, quando feito por pessoas sérias. Há duas pesquisas, com empresas diferentes, avaliando o desempenho do atual governo do Município com resultados muito diferentes. Em quem acreditar? Eu já sei.

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